Perspectivas sobre o Envelhecimento na Sociedade Brasileira: Por Que Sua Marca Precisa Conversar Sobre Isso

Parar para refletir sobre as "Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira", é algo que URGE pois é profundamente humano e comercial. As marcas que compreendem essa discussão conseguem estabelecer conexões autênticas com seus públicos em diferentes gerações.

A Urgência de Repensar o Tempo

O Brasil envelhece rapidamente. Projeções indicam que em 2050, quase 30% da população terá mais de 60 anos. Simultaneamente, políticas públicas, direitos trabalhistas e representação social ainda não acompanharam essa transformação demográfica.
Quando conversamos sobre envelhecimento, não estamos falando apenas de demografia, estamos falando sobre futuro, sustentabilidade e inclusão. As empresas que ignoram essa discussão perdem relevância junto aos públicos mais conscientes.

O Etarismo: O Preconceito Invisível Nas Redes Sociais

O etarismo é o grande vilão invisível das estratégias de comunicação digital. Marcas frequentemente direcionam suas redes sociais exclusivamente para públicos jovens, utilizando linguagem, estética e conteúdo que alienam gerações mais velhas. Esse comportamento não é apenas discriminatório, é economicamente miope.
Pessoas com 50+ controlam significativa parcela do poder de compra no Brasil e estão cada vez mais conectadas. O desafio dos pensadores em comunicação, é criar estratégias para atingir a diversidade etária, sem cair no paternalismo ou na invisibilização.

Inclusão Além da Retórica: Representação Que Importa

A discussão sobre envelhecimento conecta-se diretamente com a necessidade de representação autêntica. Assim como a Parada LGBTQIA+ 2025 reivindica espaço e dignidade para comunidades historicamente marginalizadas, pessoas idosas, especialmente aquelas que vivem na intersecção de múltiplas identidades, como pessoas LGBTQIA+ envelhecidas precisam ser vistas, ouvidas e percebidas nas narrativas corporativas. Uma marca verdadeiramente progressista reconhece que inclusão não é checkbox; é transformação genuína de como se posiciona e comunica.

O Peso da Cultura da Juventude

O filme "A Substância" (2024) oferece uma metáfora perturbadora sobre nossa obsessão com a juventude. A sociedade ainda está presa à ideia de que envelhecer é fracasso, que rugas e cabelos brancos são defeitos a serem corrigidos. Essa narrativa tóxica não apenas afeta a autoestima de pessoas envelhecidas, afeta como marcas se comunicam. Quando as redes sociais enaltecem apenas corpos jovens e rostos sem marcas do tempo, replicam uma violência sutil mas devastadora.

A Geração Z Como Ponte Intergeracional

Curiosamente, a Geração Z, criada por e ao lado de avós, está reescrevendo a relação com o tempo e o envelhecimento. Essa geração questiona a pressa, valoriza a sabedoria interdimensional e constrói comunidades onde idades diferentes coexistem naturalmente. Marcas que reconhecem essa mudança cultural conseguem criar campanhas que unem gerações em propósito comum, em vez de separá-las por faixa etária.

Um Convite à Reflexão Holística

Por fim, o envelhecimento não deve ser discussão isolada. Ele intersecciona com debates sobre saúde mental, futuro do trabalho, sustentabilidade e bem-estar coletivo.Como cuidamos de nossas pessoas envelhecidas reflete nossos valores como sociedade. Como marcas comunicam sobre envelhecimento revela sua autenticidade.

A Agência W convida empresas e profissionais a repensarem suas narrativas digitais: quem vocês excluem quando falam? Quais gerações estão ausentes de suas redes sociais?

A verdadeira comunicação estratégica reconhece que incluir todos os tempos da vida não é apenas ético, é inteligente.

 

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